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  • Foto do escritorPsicóloga Bianca Colon

A importância de dizer adeus

Dizer adeus, seja para o namorado, familiar, amigo, emprego ou qualquer situação que teve importância emocional não é fácil. Algumas pessoas tem dificuldade de finalizar etapas e, ao invés de buscar o novo, se mantém presa ao passado, mesmo diante de relacionamentos conturbados.

Uma perda requer um período de adaptação que, geralmente, é seguido por uma vontade de mudança, mas para aqueles que persistem ou que não finalizam histórias, essa fase inibe emoções e mantém o passado presente, mas em fantasia.


A persistência


A persistência não é apenas o ato de insistir em algo, ela é, muitas vezes, a forma de externalizar emoções reprimidas (não sentir tristeza e ignorar sentimentos) e de manter ganhos secundários (ser "dono da verdade", ter auto-compaixão ou usar ressentimento como desculpa para algo).

Por exemplo: em um divórcio, o ideal é que cada um expresse seus sentimentos - raiva, rancor, decepção, amor ou qualquer outro - e seguisse seu caminho, mas, algumas pessoas dificultam o processe de divisão de bens, acerto de pensão dos filhos e, até mesmo, tentam manter contato - com mensagens ou com amigos em comum - e, dessa forma, nunca se desligam da história.

Outra forma de manter a história viva é não enfrentar a dor do término de frente. Algumas pessoas buscam "acalmar os sentimentos", ou seja, se mantém ocupadas, encontram novos relacionamentos em seguida e, consequentemente, acabam não sentindo o que foi esse fim.

No caso do luto, muitos agem como se que dizer adeus fosse um desonra e nutrem a ideia de que a única maneira de manter algo "vivo" no coração de alguém é quando ele é lembrado. Mas sabemos que um relacionamento significativo não perde seu real significado. Muitas vezes, o ato de não se desligar implica em arrependimentos, mágoas e culpa que, com morte não podem mais ser sanados.


Assuntos inacabados


A presença de assuntos inacabados é muito comum em fim de relacionamento e na relação entre pais e filhos. Isso acontece, quase sempre, porque tudo que precisava ser dito foi "guardado". Essa situação gera culpa, arrependimento, ódio, mágoa e é muito comum com pais que não deram atenção aos filhos ou em relacionamentos que não tiveram uma conversa final.

Por exemplo: um filho sempre teve um relacionamento distante do pai, com os anos, se afastou ainda mais e nunca expressou o quanto sentiu falta de seu apoio. O pai morre e ele insiste em culpar o pai por alguns comportamentos como não falar muito, ser frio, ter dificuldade de expressar sentimentos e outros.

Dessa forma, diante de um assunto inacabado, ele se mantém dono da verdade (ganho secundário) - culpando o pai por ter sido presente - e não dá adeus.


HORA DE DAR TCHAU!

  • Se ame: O amor próprio e sua autoestima precisam estar no patamar mais alto da sua vida. Se por algum motivo algumas delas não estiver em sua melhor fase é importante fortalecê-la e, a melhor forma de fazer isso é acreditando em você e se percebendo como possibilidade de mudança;

  • Cultive sua própria presença: gostar da sua própria companhia é fundamental. Ir ao cinema, cultivar prazeres, fazer suas coisas - independente de ter companhia ´- é a melhor forma de se conhecer e não criar dependências;

  • Escute a si mesmo e evite ruídos: nos momentos de crise, sempre procuramos ouvir uma segunda opinião, mas lembre-se sempre que só você poderá decidir o que fazer. Respeite seus sentimentos e não faça escolhas só porque o outro acha melhor. O poder de escolha é seu;

  • O tempo é seu: cada situação e pessoa requer um tempo de superação. Não permita que os sentimentos negativos tomem conta da sua vida, mas não finja que eles não estão ali. É difícil e confuso, e a melhor forma de passar por isso é o autoconhecimento (se tiver dificuldade, procure um psicólogo);

  • Não desperdice energia com o que não pode ser mudado: sabemos que não é possível voltar atrás, o que foi feito ou dito não se apaga. Você pode estar magoado ou arrependido com algo que fez ou que fizeram com você, mas não pode cultivar a culpa ou raiva para a sempre. Reconhecer os erros e perdoar é importante, mas para seguir adiante é preciso virar a página.

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